terça-feira, 16 de outubro de 2012

Acontece nos NDHs: Casa Verde e Cachoeirinha

"Não tente fazer na rua o que não faz em casa", diz a sabedoria popular. Da mesma forma, entre os primeiros passos de um Núcleo de Direitos Humanos (NDH) está a divulgação do tema em sua Sede, ou seja, para os servidores de sua própria Subprefeitura, para só então começar a trabalhar o tema na região.

Muitos Núcleos já fizeram essa apresentação interna e hoje foi a vez do NDH-Casa Verde e Cachoeirinha, com apoio do Subprefeito, Sr. Airton Nobre de Mello, e palestra da Inspetora Geneucy A. Bezerra, da GCM-IRCV.

O convite a todos os integrantes da Subprefeitura (abaixo) já dava o recado do que seria o encontro: um debate sobre os Direitos Humanos em si, com distribuição de certificados e material confeccionado pelo próprio NDH (calendário):








Pelas fotos do evento (abaixo) dá pra ver a alegria no rosto de todos os participantes e não restam dúvidas de que foi um sucesso. Parabéns, NDH Casa Verde!


   

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Falando em Entretodos: Entrevista e Cinema

"Mostrar a realidade é pouco"
Entrevista com Bráulio Mantovani*

Nascido e criado à beira de Heliópolis, flho de pai metalúrgico e mãe doméstica, Bráulio Mantovani, 47 anos, é um dos mais prestigiados roteiristas do país. Seu currículo inclui “Cidade de Deus”, os dois “Tropa de Elite”, “Linha de passe” e “Última parada 174” – todos flmes ambientados em favelas. Ele conversou com a Renova SP.


Você é considerado um especialista em favelas. Como é sua relação com esse universo?
Sou especialista em fazer roteiros de cinema, não nessa temática. Mas esse mundo está muito mais próximo de mim do que o Alto de Pinheiros. Até os 15 anos, morei numa parte do Ipiranga que é colada a Heliópolis. A periferia está no meu DNA.

Você tinha contato com os moradores de Heliópolis?
Eu era muito ameaçado. Quem salvava minha pele era meu primo Abrão, traficante. Em “Cidade de Deus”, quando o cara chuta a bola para o alto e dá um tiro nela, aquilo não é ficção, é a minha vida (risos). Todo mundo falava que o Abrão tinha feito isso durante um jogo.

O cinema mostra ou não a realidade das favelas?
O trabalho de ficção é artístico, é imaginação. Quem faz arte precisa conhecer o universo que está retratando, mas não deveria pensar em retratar a realidade. Isso não basta, é pouco.

Já se inspirou em alguém real para criar um personagem?
Eu colo coisas de várias pessoas, e coloco muitas de mim mesmo. Tenho muito do Buscapé, como a timidez dele. agora, a porrada que o Nascimento dá no político é uma coisa que eu sempre quis fazer, mas que eu nunca fz, porque eu não sou um Capitão Nascimento, eu sou um Buscapé (risos).


*Renova SP - Revista da Habitação (julho, 2011), p. 24. Link: http://www.habisp.inf.br/theke/documentos/revista_renovasp/renovasp_01/